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Hacker que atacou a Nasa não será extraditado por risco de suicídio

16 out 2012 - 10h13
(atualizado às 11h06)
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O hacker britânico Gary McKinnon, acusado pelos Estados Unidos de invadir sistemas militares, será poupado de extradição para território americano porque corre risco de cometer suicídio, declarou a ministra britânica Theresa May nesta terça-feira, segundo informações da agência Reuters.

O britânico Gary McKinnon admitiu ter invadido sistemas militares americanos e lutava contra a extradição desde 2005
O britânico Gary McKinnon admitiu ter invadido sistemas militares americanos e lutava contra a extradição desde 2005
Foto: Reuters

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"Cheguei à conclusão de que a extradição de Sr. McKinnon daria origem a um risco tão elevado de ele acabar com sua vida que a decisão de extraditar seria incompatível com os direitos humanos dele", disse a ministra diante do parlamento, ao retirar a ordem de extradição contra o hacker.

McKinnon já luta contra a extradição há sete anos, desde que foi preso pela polícia britânica - se for condenado nos EUA, pode pegar pena de 60 anos de prisão pelo "maior hack militar de todos os tempos", conforme definiu um promotor de justiça americano. O hacker admite ter invadido computadores da Nasa e do Pentágono usando o pseudônimo "Solo", mas alegou estar somente buscando por evidências omitidas sobre OVNIs.

As autoridades americanas dizem que McKinnon acessou 97 computadores militares e da Nasa entre 2001 e 2002, desativando sistemas navais importantes e gerando danos avaliados em mais de US$ 700 mil.

O hacker é portador da Síndrome de Asperger, um tipo de autismo. "McKinnon é acusado de crimes graves, mas também não há dúvida de que ele está gravemente doente", apontou a Ministra, explicando que tomou sua decisão de não extraditá-lo após estudar relatórios médicos e receber conselhos "extensivamente" legais.

A partir de agora, são os promotores britânicos que devem decidir se McKinnon ainda tem algum caso a responder perante um tribunal.

Fonte: Terra
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