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Google prepara Mapas para iPhone mas espera bloqueio da Apple

5 nov 2012 - 16h53
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Usuários de iPhone e outros produtos Apple podem esperar sentados pelo retorno do Google Mapas aos aparelhos com sistema operacional iOS 6 ou superior. Ao menos é que dizem fontes internas do Google, segundo o The Guardian: a equipe da gigante de internet se diz "pouco otimista" sobre a aprovação do aplicativo para os gadgets da Maçã.

Fontes acreditam que Apple tentará proteger seu próprio Maps (foto), mesmo com problemas
Fontes acreditam que Apple tentará proteger seu próprio Maps (foto), mesmo com problemas
Foto: Reprodução

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O app do Mapas está em fase final de desenvolvimento, com previsão de ficar pronto no fim do ano. Mas talvez os usuários nem cheguem a ver a cor do programa. Isso porque, segundo as fontes do Google, não há expectativa de que a Apple aprove o aplicativo na App Store. Em outras palavras, quem quiser acessar os mapas da companhia de Mountain View ainda precisará fazer isso usando o site, via Safari.

Um dos entrevistados do jornal britânico parece um pouco menos cético, citando a saída do até então vice-presidente do iOS da Apple, Scott Forstall, como uma esperança para a aprovação do Mapas. A demissão do executivo na última semana por Tim Cook, CEO da Maçã, teria sido em grande parte resultado do fracasso decorrido da substituição do serviço do Google pelo Apple Maps, produto próprio, em setembro, na atualização do sistema operacional para dispositivos móveis para a versão 6.

A ferramenta de Cupertino sofreu ataques da mídia especializada e de consumidores, que acusavam os mapas de "sumir" com estações de trem, deslocar aeroportos de onde deveriam estar, e esconder cafés e pontos de interesse, entre outros problemas. Mesmo a inclusão de navegação GPS rua-a-rua e de gráficos vetorizados não foram capazes de superar o desgosto manifestado com a mudança. Cook chegou a publicar uma nota pedindo desculpas aos consumidores.

Mas a demissão de Forstall não é considerada como possível fato de mudança da situação, segundo outra fonte do Google ouvida pelo Guardian. Para essa segunda pessoa, a Apple continua com uma política protecionista de manter o produto do Google longe de seus usuários "em um esforço (da Maçã) de melhorar seu produto obviamente inferior (ao de Mountain View)".

Um dos indicativos da política de Cupertino contra o gigante de internet seria o fato de que a sessão "Encontre mapas para o seu iPhone", na App Store, não lista uma série de aplicativos que usam a base de dados do Google - além do app próprio, o Mapas tem API para ser usados por outros desenvolvedores. A sessão é uma tentativa da fabricante do iPhone do iPad de oferecer opção ao seus próprio sistema fracassado.

Mas quem tentar achar o Quick Route, que usa o mapa do Google e ferramentas da Apple para indicar rotas, ou o Maps+ App na lista não vai encontrá-los. Segundo o Google, essas seriam duas das opções mais indicadas para quem quer de volta as funções perdidas com a atualização para o iOS 6.

A Apple não se manifestou sobre a aprovação ou bloqueio de um aplicativo nativo do Google Mapas, nem respondeu sobre o critério de seleção dos aplicativos da seção "Encontre mapas para o seu iPhone", segundo o Guardian.

As fontes ouvidas pelo Guardian ponderam que políticas e acordos entre Google e Apple mudam com frequência, uma vez que as companhias mantêm contato constante para discussão de uma série de tópicos. Mesmo assim, é consenso que o Mapas não deve voltar a ser o sistema de localização padrão dos gadgets da Maçã.

Endossando essa visão, tem-se o fato de que a versão beta do iOS 6.1, disponibilizada para desenvolvedores na quinta-feira, inclui ferramentas para uso do MapKit em aplicativos de terceiros. Ou seja, a Apple parece ter a intenção de deixar o serviço de Mountain View para lá e investir na sua própria criação, apesar das críticas.

O site especializado TechCrunch pondera as informações do jornal britânico lembrando que, embora seja improvável que a Apple dê destaque aos aplicativos que usam o API do Google Mapas, há aplicativos de navegação que aproveitam o API do StreetView - ainda que este não se baseie na base de dados do Mapas. Além disso, a Maçã aprovou para a App Store uma série de programas que usam a base do Mapas.

Fonte: Terra
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