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Suspeito de homicídio em Belize, McAfee pedirá asilo na Guatemala

4 dez 2012 - 15h55
(atualizado em 5/12/2012 às 11h39)
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O pioneiro do antivírus John McAfee, procurado pela polícia de Belize por suspeita de homicídio, afirmou que está na Guatemala e pedirá asilo no país. Ele cruzou a fronteira entre os dois países ilegalmente acompanhado da sua noiva, Samantha, se hospedou em um hotel em um parque nacional e depois foi à Cidade da Guatemala.

Em frente à Suprema Corte da Guatemala, McAfee conversou com jornalistas
Em frente à Suprema Corte da Guatemala, McAfee conversou com jornalistas
Foto: Reuters

"Não tenho muitos planos para o futuro. Tinha duas razões para escolher a Guatemala", afirmou o americano à Reuters, por telefone, da Suprema Corte do país, onde estava com seu advogado na terça-feira. "Guatemala é um país vizinho a Belize, é um país que entende a corrupção de Belize, e o mais importante, o ex-procurador-geral do país é tio de Samantha, e sei que nos ajudará nos procedimentos legais", afirmou.

McAfee está foragido há três semanas, desde que a polícia de Belize anunciou que desejava interrogá-lo por "possível envolvimento" no homicídio do americano Gregory Faull, com quem McAfee se desentendeu. McAfee, 67 anos, diz acreditar que as autoridades de Belize o matariam se ele se entregasse para interrogatório. O primeiro-ministro de Belize nega a alegação e definiu o norte-americano como paranoico e "maluco".

No sábado, autoridades de Belize afirmaram que McAfee tinha sido preso na fronteira com o México, o que ele negou em postagem em seu blog. "Meu 'dublê' levando um passaporte norte-coreano com meu nome, foi detido no México", escreveu.

Entenda o caso

John McAfee é o principal suspeito do assassinato do expatriado americano Gregory Faull, seu vizinho em San Pedro, Belize, país da costa nordeste da América Central, ao lado do México e da Guatemala. Faull foi encontrado morto com um tiro na cabeça na noite do dia 10 de novembro em sua casa. A polícia procurou McAfee no domingo (11) para interrogatório, mas ele se enterrou em um buraco na areia da praia, de onde observou a movimentação policial por 18 horas, e escapou dos agentes.

Para continuar fugindo da polícia, McAfee também pintou o cabelo. Ele permanece escondido. De acordo com o jornal El País, o milionário anda armado como um mercenário em Belize. Desde que iniciou sua fuga, McAfee acusou ex-funcionários de planejarem incriminá-lo e matá-lo e, numa entrevista, negou ser paranoico.

Segundo McAfee, que vem relatando sua fuga em um blog, ele está 'na mira' das autoridades desde que se negou a fazer uma contribuição a um político local. Em abril deste ano, ele teve sua casa em Belize invadida por policiais, que encontraram um laboratório de química, US$ 20 mil e um estoque de armas de fogo. McAfee chegou a oferecer US$ 25 mil como recompensa para quem provar sua inocência. Em 2010, McAfee vendeu para a Intel a empresa que criou em 1980. Desde então, não tem mais participação na companhia, que ainda leva seu nome.

Fonte: Terra
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