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Estados Unidos

NSA trabalha em computador que poderá decifrar qualquer senha

3 jan 2014 - 01h17
(atualizado às 02h27)
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A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos está trabalhando na elaboração de um computador quântico que poderá decifrar qualquer senha, inclusive as de mais alta segurança, revelou com exclusividade jornal The Washington Post, a partir dos documentos divulgados por Edward Snowden. O desenvolvimento da computação quântica é um objetivo perseguido há anos pela comunidade científica e no qual a NSA, a União Europeia e a Suíça fizeram grandes avanços na última década.

Um computador quântico é muito mais rápido que um comum. É capaz de decifrar todas as formas de codificação, inclusive as mais seguras, que são utilizadas para proteger segredos de Estado, transações financeiras, e informação médica e de negócios. Segundo os documentos proporcionados por Snowden, os trabalhos da NSA para construir um computador quântico fazem parte de um programa de pesquisa de US$ 79,7 milhões chamado de "Penetrando alvos difíceis".

Os especialistas consideram que a NSA não está mais próxima que a comunidade científica de alcançar o ambicioso objetivo da computação quântica. Há uma década, alguns analistas garantiam que o computador quântico poderia chegar nos próximos dez ou 100 anos. Entretanto, faz cinco anos que alguns deles consideraram que ainda faltavam pelo menos dez anos para se alcançar esse objetivo.

A diferença entre a computação quântica e a clássica é que esta última usa o sistema binário - os bits - e a primeira utiliza os "bits quânticos", ou qubits. Enquanto um bit deve ser necessariamente um algarismo 0 ou 1, um qubit pode ser 0, 1, ou uma superposição de ambos.

Um computador clássico, até mesmo os mais rápidos, deve fazer um cálculo de cada vez, enquanto um quântico pode evitar cálculos desnecessários para resolver um problema, o que permite encontrar a resposta mais rapidamente. Os computadores quânticos são extremamente delicados, por isso, se não forem protegidos adequadamente, o sistema pode falhar.

EFE   
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