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O que mudou no sistema de busca do Google?

28 set 2013 - 17h52
(atualizado em 30/9/2013 às 08h56)
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O Google revelou que modificou o algoritmo que usa para hierarquizar as respostas às milhões de consultas que se fazem em seu motor de busca diariamente.

Mas o que isso quer dizer? Quando alguém quer saber qual foi o incidente que deu início à Primeira Guerra Mundial, ou qualquer outra coisa, escolhe as palavras-chave que considera que se relacionam com o tema.

Para descrever em termos simples um processo extremamente complexo - no qual podem influir cerca de 200 variáveis - isso é o que ocorre quando se clica no ícone de lupa que ativa a busca: o Google analisa as palavras individualmente e mostra uma lista com os links que considera mais relevantes.

Mas agora, com as mudanças que a empresa realizou no sistema, as palavras se processarão no contexto da frase, e não separadas. Segundo o Google, isso produzirá resultados muito mais exatos. O novo algoritmo foi batizado de Hummingbird (beija-flor, em português).

"Se trata de que o Google entenda a busca que a pessoa está realizando. Não se trata de analisar endereços de páginas, links, palavras-chave ou outros elementos que o motor de busca considera para hierarquizar a informação", explica Bill Hartzer, especialista em técnicas de otimização de busca (SEO, na sigla em inglês) e marketing, em seu blog.

Por exemplo, se alguém faz uma consulta sobre bombons de chocolate e o que quer saber é quando foi a primeira vez em que eles foram feitos na história, essa é a informação que deve obter do Google, não o link de uma receita de bombons.

A importância dos celulares

Outro elemento muito importante na mudança anunciada pelo Google é a importância dos telefones celulares no desenvolvimento das novidades.

"As mudanças do Google denotam uma mudança no paradigma, porque agora se pensa primeiro nos celulares e depois nos computadores de mesa. Muitos dos elementos do Hummingbird foram testados em celulares", afirma David Cuen, o blogueiro de tecnologia da BBC.

É por isso que a busca de voz, em vez da tradicional que se faz no computador, também foi otimizada no novo algoritmo.

"Ter uma 'conversa' com o Google deveria ser algo natural, o ideal seria que não fosse necessário digitar no celular para usar o Google. Não chegamos a esse ponto, mas já se pode fazer muito com a voz", disse Amit Singhal, vice-presidente de buscas do Google, quando as mudanças foram anunciadas.

"Por exemplo, nas próximas semanas se poderá dizer ao Google: 'me lembre que eu tenho que comprar azeite de oliva quando eu estiver no supermercado'. E quando você entrar na loja, vai ter um lembrete", afirma.

Dessa forma, a informação que a função de localização geográfica dos smartphones proporciona também otimiza os resultados que o Google pode dar.

Se o motor de busca foi usado no celular e dados pessoais foram compartilhados, como o lugar onde se vive ou o endereço de onde a pessoa trabalha, a informação que o Google fornece pode ser mais exata.

Assim, quando a pessoa quer saber quais são os melhores restaurantes italianos da cidade, há mais possibilidades de que as primeiras opções fornecidas pela busca estejam na zona na qual ela costuma transitar.

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