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ONU: regulamentação da internet deve reduzir abismo digital

23 abr 2014 - 17h14
(atualizado às 18h25)
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A governança da internet deve se concentrar em reduzir o abismo digital entre os que têm e os que não têm acesso à rede, que hoje são mais de dois terços da população mundial, destacou a ONU nesta quarta-feira.

Na cúpula NetMundial sobre a regulamentação da internet, celebrada nestas quarta e quinta-feira em São Paulo, o secretário adjunto das Nações Unidas para assuntos econômicos e sociais, Wu Hongbo afirmou que "é essencial que as políticas de governança da internet continuem fomentando liberdade de expressão e o livre fluxo de informação".

No entanto, "a importância da internet também implica expandir seu acesso". "Um terço da população mundial agora tem acesso à internet e o conhecimento que esta ferramenta dá. Um número crescente de pessoas tem agora uma plataforma para manifestar suas opiniões e participar em sociedade", comentou.

O 1,3 bilhão de lares em todo o mundo sem acesso à internet "estão majoritariamente em países em desenvolvimento, onde também há abismos significativos de gênero", afirmou o representante da ONU. "Portanto, a governança da internet deve trabalhar em reduzir a brecha digital através de políticas inclusivas e baseadas no direito", insistiu.

Ampliar o acesso à internet no mundo em desenvolvimento também foi proposto por representantes da sociedade civil, como a nigeriana Nnenna Nwakanma, co-fundadora da organização Free Software and Open Source Foundation for Africa (Fossfa).

Nesse continente, apenas 16% da população têm acesso à internet, disse Nwakanma. Em sua intervenção, a ativista africana assegurou que as revelações do ex-analista de segurança, Edward Snowden, sobre a espionagem maciça por parte dos Estados Unidos "abalou a confiança na internet".

Representantes de mais de 80 países, de empresas vinculadas à internet e da sociedade civil se reúnem até a quinta-feira em São Paulo para discutir um novo modelo de governança para a web. O encontro foi convocado após as denúncias de Snowden.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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