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Oportunistas usam MH17 para espalhar spam nas redes sociais

Links falsos e maliciosos estão sendo distribuídos por meio do Twitter e Facebook

22 jul 2014 - 07h17
(atualizado às 08h34)
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Destroços do voo MH17 na Ucrânia
Destroços do voo MH17 na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters

Fraudadores estão usando o desastre do voo MH17 na Ucrânia para espalhar links falsos nas redes sociais, alertam especialistas em segurança online. 

Em um dos casos, um link para um site pornográfico disfarçado como vídeo da queda do voo da Malaysia Airlines foi postado em uma página do Facebook dedicada a uma vítima. Da mesma forma, muitos tuítes que pareciam relacionados ao desastre na verdade tinham links para outros assuntos. 

O chefe de Inteligência da instituição anti-spam Spamhaus, Richard Cox, disse não se surpreender que oportunistas tentem explorar todo assunto que esteja sendo discutido por um grande número de pessoas online.

"É uma ação bastante rápida e previsível vindo dessas pessoas. Elas fazem de tudo para ganhar dinheiro. Não há compaixão", disse Cox. Ele acrescentou que os criminosos provavelmente estão usando softwares para detectar o que está sendo publicado com frequência para usar as mesmas palavras-chave.

A página da comunidade do Facebook dedicada ao Liam Sweeney, uma das 298 vítimas, usa o seu nome e imagem. Seu único post é um link intitulado: "Câmera de vídeo registra o momento em que o avião MH17 cai na Ucrânia".

No entanto, o link leva o usuário para um site pornográfico. O site pede que o internauta ligue para um número de telefone para declarar se tem mais de 18 anos. "Quem quer que seja agora tem seu número e você pode receber um monte de chamadas inoportunas", disse Cox. 

Após ter sido informado pela BBC, o Facebook excluiu a página. "Estamos desativando esses perfis assim que tomamos conhecimento deles", disse um porta-voz da empresa. "Incentivamos as pessoas a bloquear os responsáveis e denunciar comportamentos suspeitos para que possamos rapidamente tomar as medidas adequadas."

Twitter

Na sexta-feira, um dia após a queda do avião, a empresa de segurança TrendMicro informou que havia detectado tuítes aparentemente sobre o MH17 que na verdade continham links falsos. Segundo a TrendMicro, muitos desastres anteriores já foram explorados da mesma maneira e era de se esperar que o incidente atual gerasse movimento semelhante.

O vice-presidente de pesquisa da empresa, Rik Ferguson, acredita que a estratégia tenha sido usada para atrair mais audiência - e portanto mais receita com publicidade - para os sites fraudadores.

A tática também pode ser usada para projetar as páginas nas ferramentas de busca. "Parece que um monte de gente está retuitando o que essas pessoas estão publicando", disse Ferguson.

As regras do microblog estabelecem que o Twitter "não tolera" abusos como esses. A pena para os infratores pode ser a suspensão permanente da conta.

Outro abuso comum é postar várias atualizações não relacionadas a um tópico popular usando o símbolo # (hashtag) ou expressões mais populares no momento.

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