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Pai biológico tentou reaproximação com Steve Jobs

5 out 2011 - 23h17
(atualizado em 6/10/2011 às 02h43)
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Steve Jobs não conheceu o pai biológico. Declarado morto nesta quarta-feira, o visionário empreendedor, ex-CEO da Apple, não realizou o desejo de Abdulfattah John Jandali, de 80 anos. Em agosto deste ano, em entrevista ao jornal The New York Post, este imigrante sírio manifestou a vontade de rever o filho, imortalizado como uma das grandes personalidades deste século.

A publicação nova-iorquina editou um perfil mostrando a vontade de Jandali de se reaproximar do filho que descobriu ser seu muito tempo depois do nascimento. O imigrante, vice-presidente de um cassino em Nevada, namorou Joanne Simpson, que engravidou e cedeu a criança à adoção há 56 anos, já que o pai dela vetou o casamento dos dois.

Com a descoberta, Jandali enviou um e-mail de aniversário para Jobs, no único contato que teve com o filho. Apesar de manifestar em agosto deste ano a vontade de encontrar Jobs pela primeira vez, o pai biológico do visionário fundador da Apple assegurou que não buscaria conhecê-lo para obter uma relação entre parentes. "Os pais dele são os Jobs, que o criaram", disse na reportagem.

A entrevista concedida pelo pai biológico de Steve Jobs ocorreu dias depois da renúncia dele ao cargo de CEO da Apple, depois de tentar por sete anos combater um câncer no pâncreas.

Segundo o próprio pai biológico, apenas uma xícara de café com Steve Jobs seria suficiente para fazê-lo um "homem muito feliz". Entretanto, Jandali não escondeu a frustração por não participar da "incrível jornada" do filho, que se tornou uma das principais referências do planeta em tecnologia e inovação.

Steve Jobs morre aos 56 anos
O cofundador e ex-presidente do conselho de administração da Apple morreu nesta quarta-feira aos 56 anos, vítima de um câncer no pâncreas que vinha tratando desde 2003. Perfeccionista, criativo, inovador e ousado, ele ajudou a tornar os computadores mais amigáveis e revolucionou a animação, a música digital e o telefone celular. Jobs marcou o mundo da tecnologia ao apresentar produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad. Afastado da empresa desde 17 de janeiro para cuidar da saúde e sem prazo para voltar, o executivo renunciou ao cargo em 24 de agosto. "Sempre disse que, se chegasse o dia que eu não pudesse mais cumprir minhas funções e expectativas como CEO da Apple, seria o primeiro a informar. Infelizmente, esse dia chegou", dizia a nota à época.

A saúde de Jobs virou notícia em 2004, quando ele anunciou que passara por uma cirurgia para remover um tipo raro de câncer pancreático, diagnosticado em 2003, e que a operação fora bem-sucedida. Depois, em 2009, Jobs fez um transplante de fígado e ficou afastado da companhia que fundou ao lado do engenheiro Steve Wozniak por vários meses. Mesmo com as licenças, Jobs continuou ativo na tomada de decisões da empresa, chegando se reunir a portas fechadas com o presidente americano, Barack Obama, em fevereiro, e lançar o iPad 2, em março, surpreendendo ao subir ao palco para apresentar o produto.

Detalhes do estado de saúde de Jobs sempre foram um mistério. Uma fotografia que mostrava o executivo muito magro e com aparência debilitada (sobre a qual recaíram suspeitas de manipulação) foi publicada pelo site americano de celebridades TMZ dois dias após ele ter deixado o cargo de presidente-executivo da Apple. Em fevereiro, Jobs foi fotografado pelo jornal americano The National Enquirer na mesma clínica onde o ator Patrick Swayze, morto em setembro de 2009, recebeu tratamento para câncer de pâncreas.

Em agosto, quando Jobs já se afastara do cargo de CEO da Apple, o pai biológico tentou uma reaproximação
Em agosto, quando Jobs já se afastara do cargo de CEO da Apple, o pai biológico tentou uma reaproximação
Foto: AFP
Fonte: Terra
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