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Phonebloks: conheça o celular que pode ser montado como Lego

5 nov 2013 - 08h32
(atualizado às 09h13)
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<p>Projeto  prevê um celular em que a tela e outros componentes como bateria, receptor do chip, teclado e câmera podem ser trocados</p>
Projeto prevê um celular em que a tela e outros componentes como bateria, receptor do chip, teclado e câmera podem ser trocados
Foto: Dave Hakkens/ Phonebloks / Divulgação

Um designer holandês criou um projeto de telefone celular em módulos, cujas peças podem ser substituídas ou trocadas quando necessário, desobrigando o dono a comprar um novo aparelho toda vez que uma parte deixa de funcionar.

Dave Hakkens teve a ideia ao desmontar uma câmera fotográfica.

"Notei todas estas peças pequenas. E tudo estava funcionando bem, exceto o motor da lente. Aquilo estava quebrado", disse.

Quando Hakkens entrou em contato com o fabricante para substituir a peça, foi aconselhado a trocar de câmera.

"Com a sua bicicleta, você conserta o pneu, você não joga a bicicleta fora. Mas, por alguma razão isto é o que fazemos com aparelhos eletrônicos", acrescentou.

O designer se deu conta de que se um aparelho pudesse ser desmontado e trocado mais facilmente, poderia durar muito mais. E assim nasceu a ideia do Phonebloks.

<p>O tamanho dos blocos varia e eles podem ser combinados de várias formas</p>
O tamanho dos blocos varia e eles podem ser combinados de várias formas
Foto: Dave Hakkens/ Phonebloks / Divulgação

O projeto de Hakkens prevê um celular em que a tela e outros componentes como bateria, receptor do chip, teclado e câmera podem ser trocados.

O celular em blocos ainda não foi fabricado, mas Hakkens já criou um vídeo para divulgar o projeto. No vídeo, as peças são introduzidas na placa traseira do telefone como peças de Lego.

O tamanho dos blocos varia e eles podem ser combinados de várias formas.

"Vamos dizer que este é o seu telefone e você faz tudo na nuvem (de armazenamento de arquivos etc). Por que não substituir o bloco de armazenagem por um bloco maior para a bateria?", pergunta a voz no vídeo postado pelo designer. "Se você adora fazer fotos, por que não melhorar sua câmera?"

Promovendo a ideia

Em outubro Dave Hakkens começou a promover o projeto do Phonebloks usando a plataforma Thunderclap. Os usuários da plataforma "doam" a influência que têm nas redes sociais para um projeto, permitindo que o Thunderclap comande suas páginas de Twitter, Tumblr e Facebook para transmitir uma mensagem em um momento predeterminado.

Inicialmente, Hakkens esperava que 500 pessoas dessem apoio ao seu projeto, mas o vídeo do Phonebloks se transformou em um viral, com 7 milhões de exibições em apenas três dias.

<p>Dave Hakkens já conseguiu 950 mil usuários para apoiar seu projeto no Thunderclap</p>
Dave Hakkens já conseguiu 950 mil usuários para apoiar seu projeto no Thunderclap
Foto: Dave Hakkens/ Phonebloks / Divulgação

O designer já conseguiu 950 mil usuários para apoiar seu projeto no Thunderclap.

"No fim das contas se trata de um sinal do consumidor. O mercado precisa indicar aos fabricantes que nos importamos com hardware modular, que pode ser consertado", afirmou Kyle Wiens, fundador do iFixit.com, um site onde os usuários podem disponibilizar e encontrar manuais de conserto e vídeos para solução de problemas com aparelhos eletrônicos.

Celulares nunca foram aparelhos modulares como computadores, mas, segundo Wiens, eles costumavam ser mais resistentes e podiam ser consertados.

Tomando como exemplo o caso das baterias. Até a chegada do iPhone em 2007, as baterias de todos os celulares podiam ser removidas facilmente. Mas, a cada modelo novo lançado, fica mais difícil retirar a bateria, que agora é presa com mais cola, ou fica dentro de uma caixa muito difícil de abrir.

Por exemplo, para retirar a bateria do celular HTC One, os membros do iFixit tiveram que mutilar o invólucro do telefone e remover a placa-mãe.

"Queria que as baterias pudessem ser substituídas como antes. A razão é para que o telefone seja pequeno, a bateria precisa caber (no formato do telefone) ao invés de ser um bloco quadrado (como no projeto Phonebloks)", disse o engenheiro Bruce Harvey, da Universidade Estadual da Flórida.

Além da bateria ficar escondida, a preferência do consumidor também fez com que os fabricantes colocassem cada vez mais hardware dentro dos celulares, como processadores, memória, Wi-Fi, sem separar nada em blocos.

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