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Apple surgiu como empresa de amigos e virou a maior do mundo

5 out 2011 - 21h47
(atualizado em 6/10/2011 às 02h49)
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Matheus Pessel

Em 9 de agosto de 2011, a petrolífera Exxon Mobil viu seu posto de empresa mais valiosa do planeta ser levado por uma companhia conhecida por sua tecnologia e inovação. Era o ápice de uma empresa criada nos anos 70 por um dupla de amigos: a Apple.

Steve Jobs fala diante da projeção de uma foto dele com Steve Wozniak, em 2010
Steve Jobs fala diante da projeção de uma foto dele com Steve Wozniak, em 2010
Foto: Reuters

A empresa surgiu em 1976, em uma parceria entre os Steves (Jobs e Wozniak), com o lançamento dos computadores Apple I e, em seguida, Apple II. Em 1979 veio a grande revolução da companhia, o projeto Macintosh - uma interface baseada em navegação por ícones, janelas e pastas com o uso do mouse. Parece incrível, mas o computador era bem diferente antes disso.

O primeiro PC com Macintosh foi lançado em 1984 e era o primeiro com recursos de tipografia e desenho. Assim como hoje o lançamento de qualquer produto pela empresa vira parâmetro (para não dizer meta) das demais empresas de tecnologia ao redor do globo, o Macintosh mudou completamente os PCs, que passaram a se basear na ideia de Jobs e Wozniak.

Em 1985, Steve Jobs deixa a Apple devido a brigas internas. Após muitos fracassos, e alguns sucessos, o antigo líder volta à empresa em 1997, levando a uma escalada rumo ao topo da tecnologia - e da economia - mundial. Jobs assumia uma companhia com perdas de US$ 1,8 bilhão.

Em 1998, a empresa lança o iMac, que chama a atenção principalmente pelo design colorido em uma época que praticamente todos os PCs tinham cor bege. A Apple revive com o sucesso de vendas.

Em 2001, a empresa amplia a área de vendas. O iPod não é o primeiro mp3 player, mas vira sinônimo do produto. Além disso, o iTunes torna a venda de músicas pela internet simples e rápida.

Em 2006, surge o iPhone. Não é o primeiro smartphone, nem o primeiro celular com touchscreen, mas todos os celulares que vieram em seguida queriam ser um iPhone. Em 2010, a história se repete com o lançamento do iPad (ou você lembra de outro tablet de sucesso antes dele?).

Hoje a Apple é uma das maiores (mais exatamente a segunda maior) empresas do mundo. E está onde está por causa de Jobs, que soube levar a empresa até o topo. Falta saber agora se a empresa saberá sobreviver sem seu criador, ou se a Apple era realmente apenas outro nome para Steve Jobs.

Steve Jobs morre aos 56 anos

O cofundador e ex-presidente do conselho de administração da Apple morreu nesta quarta-feira aos 56 anos, vítima de um câncer no pâncreas que vinha tratando desde 2003. Perfeccionista, criativo, inovador e ousado, ele ajudou a tornar os computadores mais amigáveis e revolucionou a animação, a música digital e o telefone celular. Jobs marcou o mundo da tecnologia ao apresentar produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad. Afastado da empresa desde 17 de janeiro para cuidar da saúde e sem prazo para voltar, o executivo renunciou ao cargo em 24 de agosto. "Sempre disse que, se chegasse o dia que eu não pudesse mais cumprir minhas funções e expectativas como CEO da Apple, seria o primeiro a informar. Infelizmente, esse dia chegou", dizia a nota à época.

A saúde de Jobs virou notícia em 2004, quando ele anunciou que passara por uma cirurgia para remover um tipo raro de câncer pancreático, diagnosticado em 2003, e que a operação fora bem-sucedida. Depois, em 2009, Jobs fez um transplante de fígado e ficou afastado da companhia que fundou ao lado do engenheiro Steve Wozniak por vários meses. Mesmo com as licenças, Jobs continuou ativo na tomada de decisões da empresa, chegando se reunir a portas fechadas com o presidente americano, Barack Obama, em fevereiro, e lançar o iPad 2, em março, surpreendendo ao subir ao palco para apresentar o produto.

Detalhes do estado de saúde de Jobs sempre foram um mistério. Uma fotografia que mostrava o executivo muito magro e com aparência debilitada (sobre a qual recaíram suspeitas de manipulação) foi publicada pelo site americano de celebridades TMZ dois dias após ele ter deixado o cargo de presidente-executivo da Apple. Em fevereiro, Jobs foi fotografado pelo jornal americano The National Enquirer na mesma clínica onde o ator Patrick Swayze, morto em setembro de 2009, recebeu tratamento para câncer de pâncreas.

Fonte: Terra
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