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Morte alavanca vendas de livros sobre Steve Jobs

6 out 2011 - 12h36
(atualizado às 14h14)
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A morte de Steve Jobs na última quarta-feira fez com que os pedidos de livros sobre o empresário e fundador da Apple explodissem nesta quinta. Na livraria online Amazon, títulos relacionados a Jobs ocupam quatro entre as 10 publicações mais vendidas.

A biografia Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson, que será lançada em 21 de novembro, foi o livro mais comprado no site. Há 24 horas, a mesma publicação ocupava apenas a 375ª posição. O aumento nas vendas foi de 37.400%, segundo a Amazon.

No portal da Nova Pontocom, empresa formada pelos sites de Casas Bahia, Extra e Ponto Frio, a biografia autorizada também pode ser adquirida com antecedência. O livro conta a trajetória de Jobs até seu desligamento da Apple, em agosto, para tratar de sua saúde.

Isaacson, que já escreveu biografias sobre Benjamin Franklin e Albert Einstein, baseou-se em mais de 40 entrevistas com Jobs, além de familiares, amigos, colegas de trabalho e até mesmo concorrentes. O cofundador da Apple não quis interferir no conteúdo da obra e incentivou que as pessoas fossem francas ao falarem dele

Em segundo lugar entre os best-sellers da Amazon (contra a posição 47.563 na quarta-feira) estava I, Steve: Steve Jobs in His Own Words (Eu, Steve: Steve Jobs em suas próprias palavras), uma biografia escrita por George Beahm prevista para chegar às livrarias no dia 8 de novembro.

O estudo das receitas que tornaram possível o sucesso da marca da maçã, The Innovation Secrets of Steve Jobs: Insanely Different Principles for Breakthrough Success (Os Segredos das Inovações de Steve Jobs: Princípios Insanamente Diferentes para Alcançar o Sucesso), publicado em setembro de 2010, estava na quinta posição, com uma alta de 4.374%.

Em sétimo lugar estava o livro The Presentation Secrets of Steve Jobs: How to Be Insanely Great in Front of Any Audience (Os Segredos das Apresentações de Steve Jobs: Como ser Gigante à frente que Qualquer Público), de setembro de 2009, que explora as famosas apresentações de Jobs, com um aumento de 1.383% nas vendas.

Steve Jobs morre aos 56 anos

O cofundador e ex-presidente do conselho de administração da Apple morreu nesta quarta-feira aos 56 anos, vítima de um câncer no pâncreas que vinha tratando desde 2003. Perfeccionista, criativo, inovador e ousado, ele ajudou a tornar os computadores mais amigáveis e revolucionou a animação, a música digital e o telefone celular. Jobs marcou o mundo da tecnologia ao apresentar produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad. Afastado da empresa desde 17 de janeiro para cuidar da saúde e sem prazo para voltar, o executivo renunciou ao cargo em 24 de agosto. "Sempre disse que, se chegasse o dia que eu não pudesse mais cumprir minhas funções e expectativas como CEO da Apple, seria o primeiro a informar. Infelizmente, esse dia chegou", dizia a nota à época.

A saúde de Jobs virou notícia em 2004, quando ele anunciou que passara por uma cirurgia para remover um tipo raro de câncer pancreático, diagnosticado em 2003, e que a operação fora bem-sucedida. Depois, em 2009, Jobs fez um transplante de fígado e ficou afastado da companhia que fundou ao lado do engenheiro Steve Wozniak por vários meses. Mesmo com as licenças, Jobs continuou ativo na tomada de decisões da empresa, chegando se reunir a portas fechadas com o presidente americano, Barack Obama, em fevereiro, e lançar o iPad 2, em março, surpreendendo ao subir ao palco para apresentar o produto.

Detalhes do estado de saúde de Jobs sempre foram um mistério. Uma fotografia que mostrava o executivo muito magro e com aparência debilitada (sobre a qual recaíram suspeitas de manipulação) foi publicada pelo site americano de celebridades TMZ dois dias após ele ter deixado o cargo de presidente-executivo da Apple. Em fevereiro, Jobs foi fotografado pelo jornal americano The National Enquirer na mesma clínica onde o ator Patrick Swayze, morto em setembro de 2009, recebeu tratamento para câncer de pâncreas.

Steve Jobs criticou monopólio da IBM em 1983:
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