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Subprefeitura em Londres terá recepcionista em holograma

21 ago 2013 - 08h40
(atualizado às 09h08)
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<p>Shanice nunca fica doente</p>
Shanice nunca fica doente
Foto: Brent Council / Divulgação

Shanice é a nova jovem recepcionista da subprefeitura de Brent, no noroeste de Londres.

Ela foi programada a responder uma série de perguntas, e jamais perde o sorriso ao direcionar as pessoas na direção desejada.

Além da simpatia, ela nunca precisa parar o trabalho para ir ao banheiro, ou fumar um cigarro. Não fica doente, ou trata mal as pessoas. E o melhor de tudo, alguns diriam, não recebe salário ou aposentadoria.

Shanice é, talvez, a funcionária perfeita.

Ela é um holograma, projetado para parecer sentada atrás de uma mesa, exatamente como uma recepcionista tradicional.

"Não existe nada mais moderno do que a Shanice", disse o conselheiro James Denselow (Trabalhista) ao jornal britânico Evening Standard. "Ela é bonita, e sempre muito amigável."

Incrível desperdício

A subprefeitura pagou 12 mil libras (R$ 45 mil) pelo holograma. Segundo Denselow, esse valor é baixo quando comparado ao custo de empregar um funcionário humano - que custa cerca de 29 mil libras (R$ 109 mil) por ano.

"A melhor coisa sobre a Shanice é que vamos economizar bastante dinheiro, sem comprometer o nosso serviço", disse Denselow.

No entanto, a porta-voz do partido liberal-democrata para assuntos de orçamentos e finanças Alison Hopkins, disse ao jornal Evening Standard: "Houve queixas sobre a sinalização na nova subprefeitura de Brent, mas esta é uma maneira surpreendentemente cara de resolver o problema."

"A subprefeitura admite que Shanice não pode responder a perguntas básicas, e é limitada a um script pré-gravado. Eu espero que ela tenha sido programada a responder a pergunta mais básica de todas: onde é o banheiro?", concluiu Hopkins.

Grupos que fazem campanha contra os cortes de serviços essenciais descreveram a iniciativa como um "incrível desperdício".

Laura Collignon, que faz parte da campanha de ajuda às bibliotecas de Brent, disse que o dinheiro deveria ter sido gasto em serviços mais importantes para a comunidade.

"Essas 12 mil libras deveriam ter sido investidas em serviços essenciais, como o atendimento domiciliar", disse Collingnon ao jornal.

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