Vendas da Apple afastam preocupação sobre desempenho da empresa
Wall Street reforçou seu caso de amor com a Apple depois que as vendas de iPhones aliviaram preocupações de que a empresa estava perdendo terreno no concorrido mercado de smartphones, com analistas novamente se apressando em aumentar o preço-alvo para a ação da companhia mais valiosa do mundo.
Pelo menos 14 corretoras revisaram o preço-alvo da ação em US$ 40 dólares em média, após o resultado divulgado na véspera, que superou as estimativas de Wall Street. A ação da companhia chegou a disparar 10% nesta quarta-feira, e às 12h (horário de Brasília) tinham alta de 8,9%, a US$ 610. Com isso, o valor de mercado da companhia era de cerca de 575 bilhões de dólares.
"Na noite passada, o desempenho da Apple mais uma vez demonstrou quão rapidamente a febre pelos produtos da empresa está se espalhando ao redor do mundo e esta tendência continua a levar a um significativo resultado financeiro positivo da companhia", disse Brian White, da Capital Markets.
White, que foi o primeiro a estimar que a Apple vai superar os US$ 1 mil por ação no começo deste mês, elevou sua previsão para US$ 1.111. Os fortes resultados da companhia seguiram a queda de 13% em suas ações nas últimas semanas, que havia apagado cerca de US$ 78 bilhões de seu valor de mercado.
Analistas minimizaram preocupações sobre o aumento da concorrência e de pressões nos preços, notando as fortes margens da Apple. "A boa margem da Apple tem as implicações mais importantes de longo prazo para esta história", disse o analista do Goldman Bill Shope, que elevou o preço-alvo da ação em US$ 100, para US$ 850.
O Citigroup foi um pouco mais conservador com seu aumento de US$ 20 para o preço-alvo da ação da Apple, para US$ 720. Ajudada por custos menores do que o esperado com commodities, a margem bruta da Apple subiu de 41,4% um ano antes para 47,4%. "A Apple está construindo uma eficiente cadeia de suprimentos e reutilização de componentes de forma sem precedentes na indústria de tecnologia", disse Kulbinder Garcha, analista do Credit Suisse.