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WhatsApp enfrenta concorrência maior na Ásia

O app de mensagens instantâneas está nos topo dos mais baixados somente em três países de 13 da Ásia

21 fev 2014 - 10h35
(atualizado às 11h29)
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O WhatsApp pode ser imensamente popular, mas suas incursões na Ásia, maior mercado de telefonia móvel do mundo, têm tido sucesso misto, levantando questões sobre sua capacidade de sustentar o crescimento explosivo citado pelo Facebook para justificar seu preço de US$ 19 bilhões.

Dados da empresa de métricas em aplicativos App Annie, por exemplo, mostram que o WhatsApp é o primeiro aplicativo de comunicação em apenas três dos 13 países asiáticos rastreados - Hong Kong, Índia e Cingapura.

"O WhatsApp tem sido um forte competidor na Ásia, mas no ano passado ele enfrentou forte concorrência do LINE e do WeChat", disse Neha Dharia, analista baseado na Índia da Ovum, uma consultoria de tecnologia. "O WhatsApp não foi deslocado por estes competidores, mas viu forte concorrência no crescimento de sua participação de mercado."

O Facebook disse na quarta-feira que irá comprar o WhatsApp por US$ 19 bilhões em dinheiro e ações, em um negócio com valor superior ao levantado pelo Facebook em sua própria abertura de capital na bolsa.

Para muitos usuários, o WhatsApp substituiu o caro envio de mensagens SMS. Desde o seu lançamento, em 2009, ele construiu uma base de 450 milhões de usuários ativos mensais.

Ao se unirem, Facebook e WhatsApp podem ser capazes de assumir mercados nos quais o Facebook tem tido sido atuação evasiva.

Com o Facebook bloqueado na China, e ficando atrás do Twitter e do LINE, da Naver Corp no Japão, o WhatsApp "é uma avenida potencial para o Facebook" nesses mercados, disse Vincent Stevens, gerente-sênior da consultoria de telecomunicações Delta Partners.

Mas o Facebook e o WhatsApp enfrentam inimigos formidáveis. Após um período em que os aplicativos de mensagens eram simplesmente de mensagens, agora o WeChat, da Tencent Holdings, o LINE e KakaoTalk oferecem uma série de serviços adicionais, incluindo ícones e jogos para a compra de bens e serviços.

"O LINE e os outros são muito diferentes do WhatsApp. Eles são muito mais inovadores nos modelos de negócios em que se envolvem", disse Michael Vakulenko, da VisionMobile, uma consultoria sediada no Reino Unido. "Eles estão inovando muito mais rápido que o WhatsApp e indo em uma direção diferente."

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