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Impressoras "verdes" apostam em menos uso de energia e papel

1 set 2011 - 10h13
(atualizado às 10h22)
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"Pense duas vezes antes de imprimir este email", diz a assinatura eletrônica de algumas pessoas, preocupadas com o impacto ambiental do uso excessivo de papel. Mas a celulose não é a única frente em que se pode combater os danos causados pela contemporaneidade à natureza. Fabricantes de equipamentos de impressão e fotocópia, de olho no filão de consumidores que buscam opções sustentáveis, têm lançado no marcado opções que além de reduzir o consumo de folhas gastam menos energia, geram menos resíduos e otimizam, de modo geral, os recursos empregados.

HP Photosmart tem consumo de energia reduzido a 1 Watt quando no modo desligado
HP Photosmart tem consumo de energia reduzido a 1 Watt quando no modo desligado
Foto: Divulgação

A impressão em jato de tinta, ou inkjet, utiliza pigmentos líquidos, que são jogados no papel como uma espécie de microspray - pingos menores do que a espessura de um fio de cabelo. Uma vez na superfície da folha, a tinta seca sozinha. Já no caso da impressão a laser, o toner é uma espécie de tinta em pó, seca, que é aquecida para se grudar ao papel a partir de eletrostática. O ponto de fusão do toner é muito alto, e para atingi-lo há, consequentemente, muito consumo de energia. Por isso tecnologias que envolvem novos materiais, ou adição de novas substâncias ao toner, para que haja diminuição no conumo de energia, estão entre as principais apostas das fabricantes para transformar seus equipamentos em aparelhos "verdes".

A Xerox, por exemplo, desenvolvou a tecnologia da cera sólida, que substitui o toner. A fusão com o papel se dá, no caso da novidade, por resfriamento, o que diminui o consumo de energia para aquecimento da folha e do suprimento. Além disso, a cera apresenta 99% de consumo, e o 1% de resíduo que deixa não é tóxico, por causa da composição com resina à base de material orgânico. Na comparação com máquinas a toner, a fabricante afirma que em quatro anos, com média de impressão de 22 mil páginas por mês, a cera sólida deixa 10,9 kg de resíduo, enquanto os cartuchos de impressoras a laser comuns somariam 118 kg. Na conta que inclui partes trocadas em manutenções, embalagens e outros insumos, o contraste fica entre 40 kg e 370 kg. As multifuncionais ColorQube da série 9200 estão entre os modelos que utilizam a cera sólida.

A Samsung também usa cera para otimizar a fusão do toner e o consumo de energia. A sul-coreana usa o toner polimerizado, com particulas menores e recobertas de uma camada de cera que garante mais permanência e temperatura menor para se fundir ao pepel. A economia de energia em relação ao suprimento comum fica em torno de 35%, segundo a fabricante. A tecnologia - que se destaca também por ter menor emissão de gás carbônico em sua produção - está presente em modelos como CLP-325 e CLX-3185.

Ainda no que diz repeito à fusão do toner e seu consumo de energia, a Xerox minimiza o impacto com a tecnologia HiQLed, que utiliza um tipo de toner com ponto de fusão cerca de 20°C mais baixo, o que implica em menor gasto de eletricidade. Além disso, modelos como os WorkCentre da série 7500 têm o canhão de laser - responsável pelo aquecimento - substituído por um pente de diodos emissores de luz (LEDs), que consomem menos energia. O pente é controlado por um chip que regula a intensidade de luz emitida por cada LED, o que também ajuda a diminuir a conta de luz e ainda agrega qualidade à impressão, de acordo com a fabricante.

A Canon, com o modelo LBP6650dn, é outra marca que aposta em economia de energia a partir de inovações relacionadas ao aquecimento do toner: o mecanismo de fixação sob demanda liga o fusor da tinta em pó apenas no momento da impressão.

O gasto de energia também é regulado pelas fabricantes de outras formas - e é um dos principais itens usados para incluir os aparelhos na categoria "verde" de cada marca. HP, Epson, Xerox, Samsung e Canon possuem equipamentos com selos Energy Star, conferido pela organização norte-americana homônima, e que funciona de forma semelhante ao Procel brasileiro, certificando o consumo de eletricidade dentro de determinados padrões de economia.

A HP Photosmart eAIO, por exemplo, consome apenas 1 Watt no modo desligado. A Canon LBP6650dn gasta 5 Watts no modo Energy Saver e 9 Watts quando em espera. Ativar o modo de espera de forma fácil também é um das técnicas da fabricantes para fazer seus equipamentos consumirem menos energia - de certo modo, uma forma de estimular o comportamento ecológico do usuário. O recurso é um dos que se encontra na linha ML da Samsung, por exemplo. A Epson afirma que o modelo K101, voltado a escritórios, apresenta redução de até 70% no consumo de energia, em relação a modelos semelhantes.

O uso reduzido de plásticos, ou a opção por materiais biodegradáveis também é uma das táticas verdes das fabricantes de impressoras. A HP oferece, por exemplo, a Envy 100, que segundo a marca é o primeiro equipamento do gênero que não utiliza PVC de acordo com os padrões do iNEMI, ou seja, onde é possível não usar PVC porque há alternativas. O modelo, assim como o Photosmart Plus eAIO, ainda utiliza cartuchos compostos de até 70% de plástico reciclado.

As embalagens são outra frente de aposta das marcas. A HP oferece os modelos Photosmart em sacolas reutilizáveis, evitando o gasto com caixas e outros protetores. A Canon também tem iniciativas nesse sentido: desenvolveu os modelos LBP6650dn e Pixma MG6110 com menores volume e peso, entregando-as, por isso, em embalagens menores.

Para reduzir o uso de papel, os modelos oferecem modos de impressão econômicos. A opção de imprimir automaticamente em frente e verso é uma das que aparece em aparelhos de diversas marcas. Da Lexmark há os modelos Platinum Pro905 e Prevail Pro709, ambos voltados ao uso em pequenas e médias empresas. A Canon LBP 6650dn e a Epson TX560WD também têm o mecanismo, assim como a HP Envy 100. A Samsung tem a função Eco-Print, que reúne mais de uma páginas do documento digital em uma única folha impressa - o recurso está disponível para o modelo SCX-3200. A Xerox desenvolveu o software Green Print, que elimina as páginas em branco no meio dos documentos.

Outra funcionalidade é apontada pelas fabricantes como facilitadora na diminuição do consumo de papel: a de escanear, que permite o compartilhamento de documentos digitais, em vez de serem impressos e fisicamente distribuídos.

A sustentabilidade enquanto conceito

O foco em tecnologias verdes não se resume às funções apresentadas aos usuários nos menus ou engrenagens das impressoras. As empresas também buscam economizar o meio ambiente a partir de políticas de sustentabilidade. A Lexmark, por exemplo, tem o programa Design para o Meio Ambiente (Design for Enviroment, em inglês), que determina características que os novos produtos devem ter para atender a especificações de órgãos internacionais e agências reguladoras no que diz respeito a equipamentos com menos impacto ambiental.

Eficiência energética, diminuição de uso de papel e de suprimentos, e substituição de matérias-primas são algumas das frentes de ação do projeto. Entre os modelos desenvolvidos com o conceito estão as lasers multifuncional colorida X548DTE e impressora colorida C792DE, além da jato de tinta multifuncional colorida PRO9001, por exemplo.

O recolhimento dos cartuchos e outros materias descartados usados na impressão também faz parte das iniciativas das fabricantes. A Lexmark oferece a opção para clientes corporativos, buscando o lixo nas empresas sem custo e dando destinação ao material.

O programa da HP chama-se Parceiros do Planeta (Planet Partners, em inglês), também voltado a empresas. A Samsung tem projeto semelhante, o "Preservar a Natureza. Você Pode Mais", que funciona da mesma forma e também gratuitamente, e atende também a consumidores finais, além de revendas e empresas.

Fonte: Terra
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