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Dotcom pagou a usuários para aumentar tráfego do Megaupload

28 set 2015 - 00h38
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O fundador do portal da internet, já encerrado, Megaupload, Kim Dotcom, foi acusado nesta segunda-feira de pagar a alguns de seus usuários para atrair um maior tráfego, apesar de saber que seu conteúdo violava os direitos autorais de propriedade intelectual.

Dotcom e os ex-diretores do Megaupload - Bram van der Kolk, Mathias Ortmann e Finn Batato - enfrentam na Nova Zelândia o julgamento de extradição aos Estados Unidos, onde são requeridos por supostos delitos de pirataria informática, crime organizado e lavagem de dinheiro.

A promotora neozelandesa Christine Gordon, que representa o governo dos EUA no processo, disse que 77% dos membros do Megaupload recebeu pelo menos uma notificação dos proprietários dos direitos e 56% recebeu dez ou mais avisos sem que os dirigentes da portal tomassem medidas.

Durante a audiência, a promotora detalhou que um destes usuários, identificado como TH, propiciou 1,2 milhão de downloads pelo que cobrou do Megaupload US$ 50 mil entre 2006 e 2011, segundo a agência local "NZME".

Gordon disse que TH recebeu 1.200 avisos de violação de direitos autorais de propriedade intelectual, supostamente processados por van der Kolk, e que o Megaupload em vez de restringir sua atividade aumentou o espaço de seu servidor em 2,5 terabytes para alojar 30 mil arquivos.

Segundo a promotora, este usuário enviou e-mails ao portal nos quais denunciava que não tinha sido bem remunerado por seu "trabalho" aos que supostamente Dotcom respondeu assegurando: "Estamos agradecidos por seu apoio ao Megaupload no passado e achamos que fomos justos com você".

Dotcom terminou o programa de recompensas em junho de 2011, se distanciou de outros portais que continuavam esta prática e inclusive escreveu ao Paypal, veículo pelo qual realizava seus pagamentos, para denunciar essas "atividades delitivas".

Gordon qualificou como hipócrita essa denúncia de Dotcom ao assegurar que "descreveram os pagamentos como ilegais mas o Megaupload o fez durante seis anos".

EFE   
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