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Google e Cuba assinarão acordo para melhorar acesso à internet

10 dez 2016 - 18h32
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O Google e a Empresa Estatal de Telecomunicações de Cuba (Etecsa) assinarão na próxima segunda-feira um acordo que melhorará o acesso à internet na ilha, um dos países do mundo com taxas mais baixas de conectividade, confirmaram neste sábado fontes oficiais cubanas.

O convênio possibilitará o acesso do país caribenho a uma rede de servidores chamada Google Global Cache, que armazena conteúdo de produtos populares e de uso amplo como Gmail e YouTube, segundo informam alguns veículos de comunicação especializados dos Estados Unidos.

Este anúncio acontece uma semana depois da visita de Ben Rhodes, assessor de Segurança do presidente dos EUA, Barack Obama, a Havana para participar dos atos de homenagem ao falecido líder cubano Fidel Castro, ocasião que aproveitou para reunir-se com autoridades cubanas sobre a normalização de relações.

Por ocasião dessa visita foi divulgado que importantes empresas americanas como Google, General Electric e as companhias de cruzeiros Royal Caribbean e Norwegian estavam prestes a assinar convênios com Cuba.

Nesta semana já se confirmou que essas duas linhas de cruzeiros tinham recebido o sinal verde de Cuba para realizar viagens dos Estados Unidos para a ilha a partir de 2017, uma rota que foi reaberta no último dia 1º de maio pela companhia Carnival.

Desde que, em dezembro de 2014, Cuba e EUA iniciaram um processo de "degelo" em suas relações, a Etecsa assinou acordos de conexão direta para chamadas de voz entre ambos países com empresas como IDT Domestic Telecom, Sprint, Verizon e mais recentemente com AT&T, no último mês de agosto.

Os EUA expressaram em várias ocasiões seu interesse em que se abra o acesso à internet em Cuba, atualmente situada entre os países com uma das taxas de conectividade mais baixas do mundo.

O convênio do Google com a ilha foi mencionado por Obama em março deste ano, quando em entrevista disse que anunciaria durante sua viagem a Havana um pacto do gigante tecnológico com a ilha, para estabelecer mais acesso wi-fi e de banda larga, "necessário para que Cuba entre no século XXI economicamente".

No próprio mês de março, o Google abriu seu primeiro centro tecnológico em Cuba, situado no estúdio do artista plástico Alexis Leyva "Kcho" em Havana, onde se oferece acesso gratuito a uma conexão muito mais veloz que no resto do país e é possível utilizar produtos de última geração da companhia.

Em Cuba o acesso à internet nos domicílios está proibido e só é possível para profissionais como jornalistas, advogados e acadêmicos com uma autorização governamental.

No entanto, desde julho de 2015, foram habilitadas por toda a ilha centenas de zonas wi-fi em locais públicos que cobram cerca de US$ 2 pela hora de conexão.

EFE   
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