Com a entrada da oferta pública de ações (IPO na sigla em Inglês) do Facebook na Bolsa com cifras recordistas nesta sexta-feira, surgem mais e mais especulações sobre até quando irá durar o império da atual maior rede social do mundo.De acordo com o site Mashable, também vem à tona a discussão sobre como a IPO pode impactar no futuro da empresa de Mark Zuckerberg.
No iníco desta semana, um estudo da The Associated Press (AP) e da CNBC revelou que quase metade dos norte-americanos acreditam que o Facebook não passa de uma moda, e que futuramente será substituído por alguma concorrência. Mesmo que, segundo especialistas, ainda não exista no mercado nenhuma outra plataforma com verdadeiro potencial para assumir o "trono" hoje ocupado pelo Facebook.
"A pergunta de um bilhão de dólares não é se o Facebook será desbancado, mas quando isso irá acontecer", diz Erik Qualman, autor do livro Socialnomics: How social media transforms the way we live and do business. "A maior vantagem competitiva deles hoje é terem atingido a marca de quase um bilhão de usuários no mundo inteiro e isso cria uma barreira para a entrada de concorrentes", observa Qualman.
Se o Facebook fosse um país, ele seria o terceiro maior depois da China e da Índia. Mesmo que algumas plataformas como o Google Mais possuam alguns recursos sociais não disponíveis no Facebook - incluindo integração dinâmica de fotos (Picasa), video (YouTube), mobile (Android) e contatos (Google Contacts) - se os amigos e a família do usuário não usam o Google Mais, ele não é socialmente atraente.
"Os dois pontos mais fracos do Facebook são a atual estratégia em torno de buscas sociais e por dispositivos móveis", aponta Qualman. "O Facebook tem sido lendo no sentido de capturar uma fatia dos bilhões de dólares que que o Google capta através de buscas. O modelo de pesquisa como conhecemos já está pronto para ter uma ruptura, ainda que o Facebook esteja devagar no sentido investir no desenvolvimento de um mecanismo robusto de busca social", analisa.
Qualman também acredita que o Facebook terá que incrementar sua estatégia mobile para continuar competitivo."O que pode causar uma queda potencial da empresa é uma inabilidade em entender como alavancar o lado mobile", diz o especialista. "Apple e Google são os principais concorrentes que poderiam se aproveitar dessa fraqueza. Ou então uma empresa que ainda nem nasceu - mas isto seria menos possível já que o Facebook pode arrematar a maioria de sua concorrência, como aconteceu com a recente compra do Instagram por Us$ 1 bilhão", opina. "Zuckerberg é um cara esperto, então ele ainda tem tempo de se adequar devidamente", acrescenta Qualman.
Scott Campbell, professor adjunto de estudos em Comunicação da Universidade de Muchigan, acredita que o alcance do Facebook continuará devido a sua adaptabilidade. Com o passar dos anos, a rede social se manteve relevante ao incorporar as últimas tendências, com adicionais como o chat, a Linha do Tempo e a integração com o aplicativo fotográfico Instagram."O Facebook está sempre evoluindo", diz Campbell. "Não serve mais somente para manter laços pessoais. Também pode ser usado de forma cívica e política, e tem evoluído no sentido de conectar as pessoas tanto em esferas privadas quanto públicas da vida social", destaca.
"Não é segredo que suas configurações e políticas de privacidade tem mudado com o tempo e podem ser confusas para muitos usuários", acrescenta Campbell. "O uso indevido de dados pessoais é algo que poderia prejudicar as taxas de adoção, então Facebook deveria ser sensível sobre este aspecto se quiser evitar ser apenas uma moda passageira".
Entretanto, não unanimidade o sentimento de que o Facebook veio para ficar. De acordo com o Mashable os investidores estão divididos quanto ao valor de mercado do Facebook, acima da casa dos US$ 100 bilhões, ser de fato muito alto.
A imprensa americana, na manhã desta sexta-feira, cria expectativa na porta do Facebook, em Menlo Park, na Califórnia. Hoje, a rede social com maior número de integrantes do planeta entra na Bolsa de Valores Nasdaq, em Nova York
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Na quinta-feira, Mark Zuckerberg falou aos funcionários do Facebook em Menlo Park, onde foi aplaudido
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Telão anuncia, na quinta-feira, entrada do Facebook na Bolsa. A foto brinca com uma frase da propaganda da série de TV do canal HBO, True Blood, na qual se lê: "tudo está em risco"
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A entrada do Facebook na Bolsa acontecerá sob a sigla "FB", na Nasdaq, em Nova York
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Repórter de TV americana anuncia fixação de preço das ações do Facebook nesta quinta-feira
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Telão, em Nova York, anuncia o preço das ações do Facebook a US$ 38
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Imagem mostra entrada do Facebook na manhã desta sexta-feira em Menlo Park
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Centenas de funcionários se reuniram em Menlo Park na quinta-feira, um dia antes da entrada na Bolsa, para ouvir Mark Zuckerebrg
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Para comemorar a estreia, o Facebook promoveu um Hackaton, uma maratona hacker com programadores, em Menlo Park
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Menino tira foto em frente ao Facebook, em Menlo Park, na manhã desta sexta-feira
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Painel da Nasdaq dá as boas vindas ao Facebook, que estreia na Bolsa de Valores, em Nova York, nesta sexta-feira
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Nasdaq parabeniza rede social pela estreia na bolsa de valores em Nova York
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Quem circula pelo coração financeiro de Nova York tira fotos do pregão eletrônico
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Jornalistas acompanham a estreia da maior rede social do mundo na bolsa em Nova York
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Homem segura cartaz e pede ajuda aos novos milionários do Facebook
Foto: Sandra Pecis / Terra
De dentro da Nasdaq, homens fotografam cerimônia de estreia do Facebook na bolsa
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CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, toca remotamente o sino da Nasdaq e dá início a operações da empresa na bolsa
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População acompanha da rua cerimônia de abertura de capital do Facebook, transmitida por telões em Nova York
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Zuckerberg tocou o sino da Nasdaq remotamente, da sede da companhia em Menlo Park
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Zuckerberg foi acompanhado de executivos da companhia durante a cerimônia
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Vestido com sua tradicional jaqueta de moletom, o CEO do Facebook, Mark Zuzckerberg, toca remotamente o sino da Nasdaq e dá início oficialmente à oferta de ações da companhia na bolsa de valores
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O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, e a COO, Sheryl Sandberg, "tocam o sino" da Nasdaq direto da Califórnia, cerimônia transmitida ao vivo para telões em Nova York
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Equipe do Facebook em Menlo Park comemora início da operação da companhia na bolsa
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No primeiro dia do Facebook na bolsa de Nasdaq, em Nova York, pessoas paravam em frente à fachada de vidro do pregão para acompanhar evolução das ações da rede social no dia
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Facebook, que negocia ações em Nasdaq a partir desta sexta-feira, passa a ser listado sob a sigla FB
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Telão do lado de fora de Nasdaq, em Nova York, transmitia "festa" de Mark Zuckerberg e sua equipe em Califórnia, na sede da rede social
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Até de dentro dos prédios pessoas em Nova York observavam a movimentação ao redor de Nasdaq, onde ações do Facebook são negociadas a partir desta sexta-feira
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Momento de maior alta do Facebook desde que suas ações começaram a ser negociadas na bolsa foi no início da manhã, depois do que o valor ficou abaixo dos US$ 43,02 na abertura do pregão
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Painel ao lado de fora de Nasdaq, em Nova York, exibe mensagem de boas vindas ao Facebook, que estreia na bolsa nesta sexta-feira
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Painel de Nasdaq exibe cotação das ações do Facebook em momento de alta de 11,1%
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Em Nova York, pessoas acompanhavam cotação do Facebook no primeiro dia de bolsa do lado de fora de Nasdaq
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Em Menlo Park, cidade do Facebook, furgões da imprensa auxiliam na transmissão ao vivo da movimentação
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Cofundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg comemora entrada na bolsa, que o colocou como a personalidade mais influente da web e elevou o valor de sua empresa a US$ 104 bilhões