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Funcionários protestam contra suicídios em fábrica de iPad

7 mai 2011 - 18h31
(atualizado às 18h48)
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Estudantes universitários e funcionários da Foxconn, taiwanesa fabricante do iPad da gigante Apple, protestaram neste sábado em Hong Kong contra as condições de trabalho da empresa para a fabricação do aparelho após o 11º empregado tentar o suicídio neste ano. As informações são do diário britânico The Telegraph.

Funcionários foram ao lobby da empresa em Hong Kong para se manifestar contra suicídios de colegas. Protestante usa máscara do ex-CEO da Apple Steve Jobs
Funcionários foram ao lobby da empresa em Hong Kong para se manifestar contra suicídios de colegas. Protestante usa máscara do ex-CEO da Apple Steve Jobs
Foto: Antony Dickson / AFP

As recentes tentativas de suicídio foram na fábrica da Fonxconn de Longhua, na China, onde 300 mil trabalhores montam dispositivos também de outras grandes empresas como Sony, Apple, Nintendo, Dell e Nokia. Os protestantes foram ao lobby da Foxconn em Hong Kong para se manifestar.

A fábrica de Longhua é a maior fábrica da Apple no mundo e é responsável por 20% das exportações que saem do porto de Shenzen. Os protestantes afirmaram que a Foxconn trata seus funcionários como "máquinas".

"Nós vamos protestar por conta da alta taxa de suicídios, com um número anormal de trabalhadores cometendo suicídio nos últimos cinco meses", disse a porta-voz dos estudantes, Debby Chan, ao Telegraph.

No ano passado, ao menos 13 empregados da fábrica morreram em aparente suicídio. Apesar do número de mortes estar na média de funcionários jovens em empresas na China, o número está crescendo rapidamente, avaliou o Telegraph. A Foxconn nesta semana admtiu que não tem prestado atenção suficiente no bem-estar dos seus funcionários e anunciou que vai contratar mais de dois mil terapeutas.

A situação preocupa também acadêmicos. "Quando a taxa de suicídios cresce rapidamente, a situação é alarmante. Não se pode comparar com a média nacional, e sim com fábricas similares", afirmou ao Telegraph Jin Shenghua, professor de psicologia da Beijing Normal University.

Fonte: Terra
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